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Att.

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Crédito ao consumo aumenta

A oferta de crédito para pessoas físicas, voltado para o consumo de bens e serviços, deu um salto no Nordeste do Brasil nos últimos anos e o Rio Grande do Norte foi um dos estados em que mais aumentou a “irrigação” da economia por meio desses recursos. Dados disponibilizados pelo Banco Central mostram que o estado registrou o segundo maior avanço da região no valor concedido pelos bancos de janeiro até setembro de 2010, em relação ao total liberado no mesmo período de 2004. O crescimento, de 551,23%, só ficou atrás do alcançado por Sergipe (614,23%) e significou um salto de R$ 941 milhões para R$ 6,12 bilhões na soma emprestada.

A expansão ajudou o estado a aumentar de 7% para 8% sua parcela de contribuição no total de financiamentos para consumo concedido no Nordeste, entre 2004 e 2010. Pela primeira vez, a região ultrapassou o Centro Oeste na concessão desse tipo de crédito, com uma participação de 13,2% no bolo nacional, contra 12,5% da outra região, que já teve um estoque de crédito 50% maior que o Nordeste para pessoas físicas. O avanço nos últimos anos está ligado a fatores como aumento de renda e de emprego. Com indicadores positivos nas duas áreas, aumentou a busca do consumidor por modalidades de crédito concedidas por bancos e financeiras. Isso, também no RN.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Economia e diretor do curso de Gestão Financeira da Universidade Potiguar (UNP), Janduir Oliveira da Nóbrega, há mais dinheiro circulando no mercado, mais capacidade de pagamento e mais poder de compra para o consumidor. Os prazos de pagamento elastecidos se aliam a isso para levar cada vez mais gente a usar crédito para consumir. “O pagamento em dia aos servidores das esferas municipal, estadual e federal de governo também contribui, porque significa uma injeção grande de dinheiro no estado”, observa, acrescentando que “por trás do salto dado no crédito à pessoa física há uma grande parcela de contribuição do crédito consignado, aquele concedido com desconto em folha”.

O crédito ao consumo, liberado por meio de modalidades como crédito pessoal, cheques, cartões de crédito e empréstimos consignados, tem ajudado a população a comprar eletrodomésticos, realizar viagens, preencher a garagem de casa com um ou mais carros e até a fazer financiamentos imobiliários com recursos livres, que não são realizados com dinheiro da caderneta de poupança. “O crédito é fundamental para qualquer país porque estimula novos investimentos, o consumo e faz girar a roda da economia”, diz o superintendente do Banco do Nordeste no Rio Grande do Norte, José Maria Vilar, observando que nos últimos dois anos, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi fortemente puxado pelo consumo, decorrente do aumento da renda agregada da população [a soma da renda] e da oferta de crédito.

No estado, o rendimento médio mensal da população com 10 anos ou mais cresceu 77,52%, passando de R$ 396, em 2002, para R$ 703, em 2009, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Expansão da oferta de crédito gera consumo e empregos

Na hora que o crédito aumenta, as pessoas têm dinheiro na mão, saem às compras, as vendas aumentam e as lojas contratam mais trabalhadores, observa o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte, Marcelo Queiroz. “É um efeito em cadeia e que tem beneficiado o setor de modo geral, mas principalmente os segmentos que vendem produtos de valor agregado mais alto como o de eletrodomésticos e veículos”, diz.

A expansão do consumo de bens é confirmada por números. A PNAD, do IBGE, por exemplo, revela, entre outros dados nesse sentido, que, desde 2003, mais que dobrou o total de domicílios no estado com bens como microcomputadores, telefones fixos e aparelhos celulares. Para se ter ideia desse crescimento, o número de casas, apartamentos ou cômodos destinados à moradia que possuíam computadores passou de 59 mil, em 2003, para 192 mil no ano passado. Considerando um universo estimado de 922 mil domicílios, o dado mostra que 20,82% das moradias do Rio Grande do Norte estavam, no ano passado, equipadas com “micros”.

O financiamento de bens como esses tem se espalhado pelo interior, uma descentralização que vem sendo puxada, entre outros fatores, pelo aumento da bancarização da população. A comerciante Maria Edneide de Brito Santos, 36, ajuda a dar corpo à expansão do crédito. Em Caicó, onde mora, mantém um açougue e vende produtos de mercearia junto com o marido, ela costuma realizar grande parte das compras que faz por meio de crediário, mas também opta de vez em quando pelo cartão de crédito e pelo boleto bancário.

O carnê, diz ela, é a modalidade preferida. “Não observo a questão dos juros e nem prefiro por achar que o parcelamento poderia ser maior. Compro no carnê porque acho mais fácil, é também questão de costume porque a maioria das lojas vende desse jeito. É mais fácil as lojas venderem no carnê do que no cartão porque poucas pessoas têm cartão de crédito”, diz. “Com boleto compro só coisas mais caras e alguns produtos que vendo na mercearia, como feijão, açúcar, bolachas. Acho melhor do que cheque, porque não preciso enfrentar as filas enormes que se formam no banco”, acrescenta.

Possibilidade de parcelamento atrai

A possibilidade de parcelamento das compras também é uma das razões para que consumidores como Maria Edneide e a farmacêutica Luzia Leiros de Sena Fernandes, 28, optem por adquirir bens e serviços com a ajuda do crédito. No caso de Luzia, que mora em Natal, a ferramenta que mais usa nesse sentido é o cartão. “É para poder dividir, para não ficar pesado no mês, é prático e além disso, o cartão oferece pontuação para troca de brindes”, diz a consumidora, que só nesse período de final de ano realizou algo em torno de R$ 500 em compras com a ajuda do “dinheiro de plástico”. “Tentei economizar o máximo possível, comprando presentes apenas para pessoas mais próximas, mas de qualquer maneira não perdi o controle. Os gastos já estavam dentro do previsto”, continua ainda.

Luzia diz que não costuma “ir pra ponta do lápis”, mas que não perde de vista as despesas. Quando percebe que usou demais o cartão, evita fazer novas compras e tenta controlar mais os gastos. “Nunca passei dos limites”, afirma. Outra estratégia nesse sentido é parcelar as compras em poucas vezes para se livrar da dívida mais rápido e evitar pagar juros, que acabam aumentando o preço final dos produtos. Maria Edineide, de Caicó e que compra principalmente no crediário, também diz que sempre compra apenas o que vai poder pagar. Nem todos conseguem, porém, esse feito, e acabam no aperto.

“O que a gente percebe é que cada dia mais aumenta o número de pessoas com dificuldade para pagar suas compras”, diz o economista Janduir Oliveira da Nóbrega. Ele observa que o avanço do crédito demonstra seu lado negativo na hora em que o tomador do empréstimo começa a perder sua capacidade de pagamento. “E na hora que as pessoas não pagam suas dívidas as implicações são diretas no emprego, na produção e no consumo. Na hora que o dinheiro não chega, não é gerado consumo, não é gerada produção, não é gerado emprego e nem renda. O mercado acaba se retraindo”, analisa o economista.

O consumidor, de acordo com ele, deve estar atento e só comprar o que é necessário, sempre que puder à vista, para não ficar com dinheiro comprometido e se perguntar: Eu vou poder pagar? “Quando se fala em consumo, na maioria das vezes sempre podemos esperar um pouquinho”.

Inadimplência no Estado cai de 7,8% para 4,6%

Dados do Banco Central mostram que como acontece com o Nordeste, o Rio Grande do Norte vive um boom de crédito e também experimenta queda na taxa de inadimplência. No estado, a taxa caiu de 7,8%, em janeiro de 2004, para 4,6%, em setembro deste ano, atingindo o segundo mais baixo patamar da região.

Mas isso não significa, necessariamente, que “tudo está ás mil maravilhas. As dívidas continuam existindo”, diz o diretor do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) do Rio Grande do Norte, Augusto Vaz. Um levantamento realizado pelo órgão mostra essa realidade, apontando que a taxa de inadimplência potiguar cresceu 12,5% entre janeiro e novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em novembro, o índice cresceu 1,7%.

“Não é nada que cause alarme porque as vendas do comércio cresceram 11,8% no mesmo período. Quando as vendas aumentam a tendência natural é que o volume de dívidas cresça também. O crescimento das dívidas vem acompanhando o crescimento da economia”, diz Vaz. A enxurrada de crédito que permitiu ao consumidor comprar cada vez mais, dividindo as compras a perder de vista é um dos impulsos para a inadimplência, mas não o único.

Falta de planejamento, perda de emprego, tudo isso também contribui para dificultar o pagamento das contas no final do mês. “Quando os gastos vão além da receita o consumidor fica como um equilibrista na corda bamba e algumas vezes leva certo tempo para conseguir saldar todas as dívidas”, observa Janduir Nóbrega. O levantamento do SPC mostra que a maioria das dívidas no estado é feita em cheques, boletos e carnês. O presidente da Federação do Comércio, Marcelo Queiroz, opina que o bom seria que a inadimplência fosse zero, mas esse tipo de problema é um risco que todo empresário sabe que faz parte do negócio.

“Quando o crédito é ofertado diretamente pela empresa esse risco é maior. Mas a cada dia vem diminuindo o número de empresas que oferecem essa modalidade, porque está aumentando o número de pessoas com acesso a cartão”, diz.

Tribuna do Norte

Fonte: site revistanordeste.com.br